A
Lenda da Iara - Amazônia
A
Iara é uma moça linda, que vive na água. É tão bonita, que ninguém resiste ao
seu encanto. Aparece à noite e costuma cantar com uma voz tão doce, que atrai
as pessoas e estas, quando se dão conta, já estão sendo arrastadas para o fundo
da água.
Tem
um palácio no fundo de um lago, todo construído com pedras preciosas. Suas
paredes são feitas de rubis, as janelas de águas-marinhas e a porta é de ouro
maciço, fechada por um enorme diamante.
Dizem
que seu canto é mágico e atrai como um ímã. Não se pode fugir dele por mais que
se queira. Diz a lenda, que Jaguarari foi atraído por esse canto...
Jaguarari
era um índio muito forte, corajoso e bom. Gostava de remar e o fazia tão bem
que até as aves esticavam o pescoço para vê-lo.
Um
dia, Jaguarari partiu muito cedo da aldeia para caçar. Como era um belo dia,
resolveu passá-lo na floresta. Encontrou um lago muito bonito e resolveu
mergulhar.
Depois
de nadar bastante, deitou-se à beira do lago e admirou o céu. Só quando sentiu
fome, saiu para caçar e preparou uma das caças ali mesmo. Comeu e adormeceu
profundamente.
Jaguarari
despertou quase ao anoitecer e apressou-se em retornar para a aldeia. Mal havia
começado a andar, ouviu um canto maravilhoso, mais bonito que o do uirapuru.
Sem perceber, foi em direção à origem da melodia e quando percebeu estava
novamente no lago onde havia nadado.
De
repente, deparou-se com a Iara, tão linda que nem conseguia tirar seus olhos
dela. Já estava quase entrando na água, quando lembrou do
que os mais velhos contavam sobre a Iara.
Conseguiu
agarrar-se num tronco de árvore na beira do lago. Como era muito forte, segurou
alguns cipós próximos e conseguiu se afastar.
Quando
chegou à aldeia, sua mãe percebeu que ele estava diferente, mas Jaguarari não
contou à ela o que tinha acontecido... disse que era
cansaço.
Nos
dias seguintes, continuava preocupado e triste, o que não era comum nele.
Quando
saía para pescar, passava a maior parte do tempo junto ao lago, esperando ver a
Iara, que não aparecia.
Com
o passar dos dias, foi ficando mais impaciente e resolveu voltar ao lago. Como
ele demorou a voltar para a aldeia, alguns índios foram procurá-lo. Perto do
lago, um dos índios o avistou, em pé numa canoa, acompanhado por uma linda
moça. Essa foi a última vez em que alguém o viu...
(
adaptado de ‘Histórias e Lendas do Brasil’ – Editora Apel )
Atividades
1. Há
muitas lendas sobre a Iara no Brasil. A lenda que você leu pertence à qual
lugar?
2. Como
era a casa de Iara, de acordo com a lenda?
3. Quem
era Jaguarari?
4. Como
Jaguarari sabia que era Iara quem o atraía ao lago?
5. Jaguarari
conseguiu fugir da Iara, mesmo hipnotizado por seu belo canto. Pode-se dizer
que isso é realmente verdade? Por quê?
6. Lendas
são narrativas inventadas pela cultura local e transmitidas de geração para
geração. São sempre baseadas em algum fato ou fenômeno. Seu objetivo é explicar
por que algo acontece. Por que você acha que os índios criaram a Lenda da Iara?
7. Desenhe,
no seu caderno, a parte da história que tenha considerado a mais emocionante.
8. Imagine
como Iara ficaria furiosa ao ver a condição degradante que se encontram os
nossos rios. Escreva uma carta para ela pedindo ajuda na recuperação dos rios,
usando argumentos que a convençam de realizar essa missão.
9. Releia: “
A Iara é uma moça linda, que vive na água. É tão bonita, que ninguém resiste ao
seu encanto. Aparece à noite e costuma cantar com uma voz tão doce, que atrai
as pessoas ...” O que observa-se neste trecho ?
( )
O autor apresenta o enredo da história.
( )
O autor apresenta o cenário.
( )
O autor apresenta a personagem principal.
10. Como
ficaria o trecho citado na questão 9 na fala da própria personagem?
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A
LENDA DA VITÓRIA RÉGIA
Estava
uma noite muito quente. O luar era tão claro, que se enxergava quase como se
fosse de dia. Perto da lagoa havia uma importante tribo de índios, que hoje já
não existe. Entre os índios, havia um velho chefe, muito procurado pelas
crianças, que gostavam de ouvir as suas
histórias. Como a noite
estava quente e o luar muito lindo, o velho cacique tinha-se sentado
muito perto da lagoa, para descansar e apreciar aquela beleza. Logo que as
crianças descobriram que ele estava ali, foram sentar-se perto dele. Pediram
que lhes contasse uma história. O cacique, porém, estava tão
distraído, admirando a vitória-régia, que nem se apercebera da chegada
das crianças. (...) Por fim
sorriu-lhes.
- O que estava a ver com tanta atenção? - perguntou uma.
- Aquela estrela! Aquela bonita estrela - respondeu o cacique, apontando para a vitória-régia.
As crianças ficaram admiradas e trocaram um olhar significativo. A vitória-régia era uma estrela? Pobre cacique! Ele percebeu o espanto das crianças e disse-lhes:
- Não tenham medo! Não fiquei doido, não. Não acreditam que a vitória-régia seja uma estrela? Então ouçam:
" Há muitos e muitos anos, nem eu sei quantos, na nossa tribo vivia uma índia, muito jovem e muito bonita, a quem tinham contado que a lua era um guerreiro forte e poderoso. A moça apaixonou-se por esse guerreiro e não quis casar-se com nenhum dos índios da tribo. Não fazia outra coisa senão esperar que a lua surgisse. Aí, então, punha os olhos no céu e não via mais nada. Só o poderoso guerreiro. Muitas vezes, ela saía a correr pela floresta, os braços erguidos, procurando agarrar a lua.
Todos na tribo tinham pena da índia, pena de vê-la dominada por um sonho tão louco.
E o tempo foi passando... contudo, o sonho não deixava a pobre moça em paz. Queria ir para o céu. Queria transformar-se numa estrela, numa estrela tão bonita, que fosse admirada pela lua. Mas a lua continuava distante e indiferente, desprezando o desejo da jovem. Quando não havia luar, a rapariga permanecia aborrecida na sua oca, sem falar com ninguém. Eram inúteis os esforços dos amigos e parentes para que ela ficasse com as outras moças. Continuava recolhida, silenciosa, até a lua aparecer novamente.
Numa noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, transformando em prata a paisagem da floresta, a moça repetiu a sua tentativa. Chegando à beira da lagoa, viu a lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditou que ela tinha descido do céu para se banhar ali. Finalmente, ia conhecer o famoso e poderoso guerreiro. Sem hesitar, a índia atirou-se às águas profundas e nadou em direção à imagem da lua. Quando percebeu que tinha sido ilusão, tentou voltar, mas as forças faltaram-lhe e morreu afogada.
A lua, que era, como eu disse, um guerreiro forte e poderoso, uma espécie de deus, viu o que tinha acontecido e ficou compadecida. Sentiu remorso por não ter transformado a formosa índia numa estrela do céu. Agora era tarde. A moça ia pertencer, para sempre, às águas profundas da lagoa. Porém, já que não era possível transformá-la numa estrela do céu, como ela tanto desejara, podia transformá-la numa estrela das águas. Uma flor que seria a rainha das flores aquáticas.
E, assim, a formosa índia foi transformada na vitória-régia. À noite, essa maravilhosa flor abre-se, permitindo que a lua a ilumine e revele a sua impressionante beleza.
- O que estava a ver com tanta atenção? - perguntou uma.
- Aquela estrela! Aquela bonita estrela - respondeu o cacique, apontando para a vitória-régia.
As crianças ficaram admiradas e trocaram um olhar significativo. A vitória-régia era uma estrela? Pobre cacique! Ele percebeu o espanto das crianças e disse-lhes:
- Não tenham medo! Não fiquei doido, não. Não acreditam que a vitória-régia seja uma estrela? Então ouçam:
" Há muitos e muitos anos, nem eu sei quantos, na nossa tribo vivia uma índia, muito jovem e muito bonita, a quem tinham contado que a lua era um guerreiro forte e poderoso. A moça apaixonou-se por esse guerreiro e não quis casar-se com nenhum dos índios da tribo. Não fazia outra coisa senão esperar que a lua surgisse. Aí, então, punha os olhos no céu e não via mais nada. Só o poderoso guerreiro. Muitas vezes, ela saía a correr pela floresta, os braços erguidos, procurando agarrar a lua.
Todos na tribo tinham pena da índia, pena de vê-la dominada por um sonho tão louco.
E o tempo foi passando... contudo, o sonho não deixava a pobre moça em paz. Queria ir para o céu. Queria transformar-se numa estrela, numa estrela tão bonita, que fosse admirada pela lua. Mas a lua continuava distante e indiferente, desprezando o desejo da jovem. Quando não havia luar, a rapariga permanecia aborrecida na sua oca, sem falar com ninguém. Eram inúteis os esforços dos amigos e parentes para que ela ficasse com as outras moças. Continuava recolhida, silenciosa, até a lua aparecer novamente.
Numa noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, transformando em prata a paisagem da floresta, a moça repetiu a sua tentativa. Chegando à beira da lagoa, viu a lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditou que ela tinha descido do céu para se banhar ali. Finalmente, ia conhecer o famoso e poderoso guerreiro. Sem hesitar, a índia atirou-se às águas profundas e nadou em direção à imagem da lua. Quando percebeu que tinha sido ilusão, tentou voltar, mas as forças faltaram-lhe e morreu afogada.
A lua, que era, como eu disse, um guerreiro forte e poderoso, uma espécie de deus, viu o que tinha acontecido e ficou compadecida. Sentiu remorso por não ter transformado a formosa índia numa estrela do céu. Agora era tarde. A moça ia pertencer, para sempre, às águas profundas da lagoa. Porém, já que não era possível transformá-la numa estrela do céu, como ela tanto desejara, podia transformá-la numa estrela das águas. Uma flor que seria a rainha das flores aquáticas.
E, assim, a formosa índia foi transformada na vitória-régia. À noite, essa maravilhosa flor abre-se, permitindo que a lua a ilumine e revele a sua impressionante beleza.
Histórias
e Lendas do Brasil (adaptação)
Desenvolvimento:
1
- Leitura silenciosa do texto, anotando todas as palavras, expressões ou partes
que não tenha entendido no caderno. Sentar-se com um colega e discutir com ele
sobre o que anotou. Escrever as respostas. Consultar o dicionário, caso seja
preciso.
2
– Leitura em voz alta (feita por um aluno ou professor).
3
- Que características possui esse texto para ser considerado uma lenda?
3
- Esse texto pode ser dividido em duas partes, pois ele nos conta,
na verdade duas histórias. Em que parte podemos fazer essa divisão?
4
– Em sua opinião, o que pode ser considerado fantástico nessa
história?
5
- O que você achou do final da história? Se tivesse que mudá-lo, o
que mudaria?
6
– Conversa sobre a situação dos rios atualmente.
7- Produção
de texto
a) Listar
no caderno personagens folclóricos conhecidos.
b) Escolher
personagens da lista e redigir um rascunho de uma narrativa, seguindo o
roteiro:
. Título.
. Tipo
de narrador (narrador – observador ou narrador – personagem).
. O
lugar onde acontece a história.
. Elementos para
deixar a história emocionante.
. Letra legível
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Texto
informativo A VERDADE
Na
verdade, a Vitória Régia é uma planta aquática da família das ninfeáceas,
encontrada muito na flora Amazônica, principalmente nas várzeas, onde são
vistas flutuando nos lagos de pouca profundidade e sem muita correnteza. Sua
gigante folha verde chega a medir dois metros de diâmetro e tem as suas margens
levantadas até quinze centímetros. Chega a pesar até 45 kg. e serve de pouso a
muitas aves cansadas depois de uma longa jornada. Flutuam nos lagos como uma
enorme bandeja verde, trazendo em sua extremidade, como uma oferenda, uma
única, bonita e exótica flor que se abre no crepúsculo vespertino e fecha-se no
crepúsculo matutino. Essa for é muito aromática e tem de 25 a 35 cm de diâmetro
quando aberta. Suas raízes fixam-se no fundo das águas e suas folhas e flores,
são revestidas de espinhos na parte inferior, numa defesa natural contra a ação
predadora dos peixes. As sementes, que se parecem com grãos de
ervilha, podem ser comidas torradas.
Além
dos lagos da Amazônia, a Vitória Régia pode ser encontrada também em Mato
Grosso e nas Guianas. É cultivada como raridade nos Jardins Botânicos de todo o
mundo, devido ao tamanho descomunal de suas folhas e flores. Dizem que um
naturalista Inglês, querendo homenagear a sua soberana, a Rainha Vitória, foi
quem deu o nome a esta flor de Vitória Régia.
Artes
Depois
de todas as informações adquiridas sobre esta imponente planta, chegou à hora
de você reproduzi-la.
Materiais:
· O
fundo de uma caixa de pizza.
· Tinta
cor: verde-claro.
· Papel
crepom cor: branca, rosa e amarela.
· Cola
e tesoura.
Procedimento
Pintar
o fundo da caixa de pizza com a cor verde-claro.
Fazer
as pétalas do papel crepom nas cores indicadas e colá-las no meio da parte que
será a folha.
Observação:
Pode-se utilizar pratinhos e copinhos descartáveis. Pinte o prato com tinta
acrílica verde e recorte a borda dos copinhos em forma de pétalas de
flor.
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Lenda
do Curupira
Desenvolvimento
1
- Leitura oral feita por um aluno ou o professor.
Curupira
ou Caipora
É
um mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do “descobrimento”.
índios e jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
É
um anão de cabelos vermelhos com pêlos dentes verdes. Como protetor das árvores
e dos animais, costuma punir os agressores da natureza e o caçador que mata por
prazer. É muito poderoso e forte.
Seus
pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a
seguir rastros falsos. Quem o vê perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar
o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às
vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de
Pai ou Mãe – do – Mato, Curupira e Caapora. Para os índios guaranis ele é o
Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.
De
acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um rolo de fumo
para agradá-lo, no caso de cruzar com ele.
Fonte:
Folclore Brasileiro Ilustrado: A Lenda do Curupira
1
– Você acredita que o Curupira existe? Por quê?
2
– Você concorda com a atitude do Curupira? Justifique sua resposta.
3
– Que atitudes o Curupira tem em defesa da natureza?
4
– Que ensinamento a lenda desse mito quer nos transmitir?
5
– Em sua opinião , o que deve ser feito em relação a degradação do meio
ambiente?
6
– Nesta história também aparece uma simpatia. Destaque-a.
7
– Volte a ler o texto e transcreva referente a personagem principal
as:
a) características
físicas.
b)
características psicológicas.
8
– Reproduza esse texto colocando o Curupira contando sua própria história.
BRINCADEIRA
Vamos
brincar de Curupira
Com
os alunos sentados em círculo é iniciada uma conversa informal sobre a lenda do
Curupira seu papel de protetor da natureza e em especial dos animais.
Após
a conversa o professor dará início a brincadeira, dizendo: “O
caçador invadiu a floresta e prendeu todos os animais. O Curupira
chegou bem na hora e salvou o macaco.”
O
aluno ao lado diz a frase inicial e adiciona mais um animal, e assim
sucessivamente. Quando errar deixará a brincadeira, e o próximo dará
continuidade.
O
vencedor será aquele que ficar mais tempo sem errar a sequência, ou seja, que
ficar por último, e aquele que não repetir nenhum animal.
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Lenda
do guaraná
Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.
Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então Jurupari transformou-se numa enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o Sol foi embora. Veio a noite e a Lua começou a brilhar no céu iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.
Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem de perto do corpo do menino.
Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: “- É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”.
Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
Agora, diz aí, quem não gosta de guaraná?
1- Leia o trecho ”Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro”. Por este trecho podemos afirmar que o texto é uma:
( ) notícia de jornal.
( ) propaganda.
( ) lenda.
2- Na frase “Isto fez com que Jurupari, O Deus do mal, sentisse inveja do menino”, a palavra grifada faz referência a:
( ) ao fato do indiozinho ser muito querido.
( ) aos pais do indiozinho.
( ) À enorme serpente.
Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.
Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então Jurupari transformou-se numa enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o Sol foi embora. Veio a noite e a Lua começou a brilhar no céu iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.
Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem de perto do corpo do menino.
Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: “- É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”.
Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
Agora, diz aí, quem não gosta de guaraná?
1- Leia o trecho ”Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro”. Por este trecho podemos afirmar que o texto é uma:
( ) notícia de jornal.
( ) propaganda.
( ) lenda.
2- Na frase “Isto fez com que Jurupari, O Deus do mal, sentisse inveja do menino”, a palavra grifada faz referência a:
( ) ao fato do indiozinho ser muito querido.
( ) aos pais do indiozinho.
( ) À enorme serpente.
3-
No trecho “... enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na
floresta, ela atacou e matou a pobre criança”, as palavras grifadas dão idéia
de que o índio:
( ) era indefeso.
( ) estava perdido na floresta.
( ) era medroso.
4- Da saída do indiozinho até o momento em que a família o encontra, passaram-se
( ) dois dias.
( ) algumas horas.
( ) uma semana.
5- Leia o trecho “Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja...” Marque a frase em que a vírgula é utilizada da mesma maneira.
( ) era indefeso.
( ) estava perdido na floresta.
( ) era medroso.
4- Da saída do indiozinho até o momento em que a família o encontra, passaram-se
( ) dois dias.
( ) algumas horas.
( ) uma semana.
5- Leia o trecho “Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja...” Marque a frase em que a vírgula é utilizada da mesma maneira.
(
) ... com um único filho, muito bom, alegre e saudável.
( ) Agora, diz aí, quem não gosto de guaraná?
( ) Brasil, país do futebol, é também o país do guaraná.
( ) Agora, diz aí, quem não gosto de guaraná?
( ) Brasil, país do futebol, é também o país do guaraná.
6- De acordo com o texto, a frase que explica como o guaraná nasceu é:
(
) “Diz a lenda que o guaraná nasceu de uma paixão”.
( ) “Os índios plantaram os olhinhos da criança e dias depois nasceu uma planta: o guara-nazeiro”.
( ) “ Nascia na Fazenda Santa Helena o laboratório para produção do guaraná”.
( ) “Os índios plantaram os olhinhos da criança e dias depois nasceu uma planta: o guara-nazeiro”.
( ) “ Nascia na Fazenda Santa Helena o laboratório para produção do guaraná”.
7- No trecho “... É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”, as aspas são utilizadas para:
( ) Marcar a oração dos índios.
( ) destacar a fala de Tupã.
( ) marcar a fala da mãe do indiozinho.
8- No trecho “... ela atacou e matou a pobre criança”, a expressão grifada significa que o índio:
( ) não tem o necessário para viver.
( ) é um mendigo.
( ) inspira compaixão.
9- A frase “Agora diz aí, quem não gosta de guaraná”, é um jeito popular do adolescente falar. Se fosse escrita para pessoas idosas ficaria
(
) A maioria das pessoas gosta de guaraná, não é?
( ) Só bobo não se liga em guaraná!
( ) Galera, quem não gosta de guaraná?
( ) Só bobo não se liga em guaraná!
( ) Galera, quem não gosta de guaraná?
10-Os frutos do guaraná são parecidos com os olhos humanos porque são:
(
) frutos mágicos de Deus Tupã.
( ) sementes negras rodeadas por uma película branca.
( ) os olhinhos da criança da tribo Maués.
( ) sementes negras rodeadas por uma película branca.
( ) os olhinhos da criança da tribo Maués.
11
– Pesquisar: Origem / Propriedades medicinais do guaraná.
12
– Fazer um cartaz com os dados mais relevantes da pesquisa.
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JURUVA
SALVOU O FOGO
De repente,
o fogo se apagou nos quatro cantos da Terra. Não se sabia por que, mas apagou.
Antes disso acontecer, havia fogugueiras espalhadas pelo mundo:
fogueiras grandes que serviam às tribos para se comunicarem umas com as outras;
fogueiras menores, para os índios se aquecerem nas noites
de friagem; fogueiras pequenas, para cozinhar os alimentos; e até
fogueirinhas, acesas de brincadeira, pelas crianças.
De
repente, sem nenhuma razão, as fogueiras se apagaram.
Nunca
os índios souberam por quê. Nunca se soube por que as fogueiras se
apagaram ao mesmo tempo. As fogueiras e os braseiros apagaram-se!
Somente
num lugar distante, longe, muito longe, havia uma última brasinha
acesa, prestes a extinguir-se. Quem poderia ir buscá-la tão depressa como era
necessário?
Alguém
deveria chegar a tempo de salvar aquela última centelha, antes do fogo
apagar-se para sempre.
Os
índios Pareci reuniram-se e chamaram os animais da floresta, para ajudarem a
trazer a última brasa. Todos se recusaram. Uns diziam que não dava tempo;
outros alegavam que se queimariam; outros nem responderam, partiram sem dar
explicações.
Os
índios Pareci, então, chamaram os pássaros da floresta para ajudá-los.
Perguntaram qual dentre eles iria buscar a última brasa que se apagava num
lugar distante.
Juruva
não se fez rogar. Ofereceu-se logo para trazer a última brasa que
restava acesa na terra. Não havia tempo a perder, e o pássaro partiu
ligeiro como seta de zarabatana.
Voou.
Voou. Voou... Por fim, chegou àquele lugar, longe, muito longe, que ninguém
sabia onde ficava.
Revolveu
o borralho, e tirou das cinzas aquela última brasinha. E, agora, como a
levaria? Não tinha mãos.
Tomou-a
no bico, mas logo sentiu o ardor de queimadura. Virou daqui, virou dali,
saltitando, mas nada de achar um jeito de segurar a brasa. De repente, teve uma
idéia. Apanhou a brasinha entre as duas penas compridas da cauda, e
voltou, voando depressa ao encontro dos Pareci.
Ao
chegar, entregou a preciosa brasa quase apagada. Os índios receberam-na com
muito cuidado. Colocaram-na entre ervas delicadas, musgos e palhinhas secas,
uma espécie de ninho preparado para receber aquele tesouro.
A
tribo reuniu-se ao redor, e todos começaram a soprar a brasinha, que aos poucos
parecia reanimar-se. De repente, apareceu uma chama minúscula, um quase nada,
uma esperançazinha...
Foi
o bastante para os índios se alegrarem. Todos sopraram com mais força.
Entregou-se uma língua de fogo; a seguir outra, e mais outra ... o fogo estava
salvo!
Os
Pareci atiraram folçhas secas e gravetos, até subirem altas labaredas
vermelhas, com fulgores azulados. Agora, era preciso alimentar o fogo.
Primeiro, trouxeram galhos pequenos; depois, maiores e, por fim, grandes toros
de madeira seca. A fogueira ardia. Pipocavam faíscas de ouro como se o próprio
ar se incendiasse.
Era
quase noite quando a dança começou.
Primeiro,
o bastão de ritmo golpeou o chão. Depois, os pés golpearam o
chão num baticum formidável.
O
fogo roncava, bravo como um jaguar. Lampejos de ouro dançavam na folhagem. A floresta
estremecia ao som dos cantos e das danças rituais.
Encarapitado
numa árvore, Juruva via o fogo subir em labaraedas, que punham clarões no céu,
e reflexos metálicos em sua plumagem colorida. Olhou para a própria cauda.
Antes, era tão bonita, e agora apresentava duas falhas bem no
lugarzinho em que a brasa queimara! Ficaria com aquela falha para sempre!
“Não
logo” – disse consigo mesmo. “Todos vão saber que salvei o fogo, para
entregá-lo aos índios Pareci.”
(Antonieta
Dias de Morais (org). Contos e lendas de índios no Brasil: para
crianças. São Paulo, Nacional.)
1
– Observe o título do livro de onde foi tirado a lenda. Que textos podemos
encontrar nesse livro?
2
– Qual é o problema que a história apresenta e que tenta resolver?
3
– O que os índios deixaram de fazer sem o fogo?
4
– Quem era Juruva?
5
– Observe o trecho:
“
Voou. Voou. Voou ...”
Por
que você acha que o autor repetiu a palavra voou?
6
– Observe mais esse trecho:
“Ergueu-se
uma língua de fogo; a seguir outra, e mais outra. O fogo estava salvo!”
a) Qual
o significado das reticências no trecho acima?
b) Agora
explique por que foi utilizado o ponto de exclamação.
c) Se
você tivesse que reescrever essa frase: “O fogo estava salvo!”, que palavras do
quadro abaixo acrescentaria para dar mais emoção ainda ao trecho?
Ufa!
– Ih! – Credo! – Oh! – Ai! – Tomara!
|
7
– Indique as opções corretas. A lenda “Juruva salvou o fogo!” tem a intenção de:
a)
informar o leitor sobre um acontecimento real..
B)
contar – nos uma história emocionante.
c)
fazer o leitor fantasiar, pois os acontecimentos são impossíveis na
realidade.
8
– Reconte a lenda “Juruva salvou o fogo!” em forma de história em quadrinhos.
Você poderá utilizar um narrador-observador em alguns momentos. Mas não abuse,
procure utilizar bastante os balões com falas. Crie falas para os índios, para
os animais da floresta, para os pássaros e, é claro, para Juruva, a personagem
principal. Procure utilizar palavras que indicam emoção e também aquelas que
imitam sons.
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LENDA
CHINESA
Conta-se
que, por volta do ano 250 A.C., na China antiga, um Príncipe da região norte do
pais, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas,de acordo com a lei, ele
deveria se casar.
Como ele não conhecia nenhuma moça em especial, resolveu propor um campeonato entre as moças da corte, ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os
comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Sua filha, sabia que era apenas uma filha de empregados mas creditava que poderia ao menos tentar participar: ela dizia:
Como ele não conhecia nenhuma moça em especial, resolveu propor um campeonato entre as moças da corte, ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os
comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Sua filha, sabia que era apenas uma filha de empregados mas creditava que poderia ao menos tentar participar: ela dizia:
__É minha oportunidade de ficar,
pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais
belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as
mais determinadas intenções.
Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei, a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais
bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo,
que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes,
amizades, relacionamentos etc...O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura, a sua semente,pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de
todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia, ela
percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o
seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais
belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as
mais determinadas intenções.
Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei, a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais
bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo,
que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes,
amizades, relacionamentos etc...O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura, a sua semente,pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de
todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia, ela
percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o
seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
Consciente do seu esforço e dedicação,
a moça comunicou à sua mãe que, independente das circunstancias, retornaria ao
palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns
momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada, ela estava lá bem como todas as outras
pretendentes. Só que seu vaso estava vazio, ao contrario das outras que exibiam uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes, com muito cuidado e atenção.
Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a
bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
Na hora marcada, ela estava lá bem como todas as outras
pretendentes. Só que seu vaso estava vazio, ao contrario das outras que exibiam uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes, com muito cuidado e atenção.
Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a
bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
-
Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma
imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram
estéreis.
Se
para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. E você será sempre um
vencedor.
1
– Preencha a ficha.
Nome
da história
Personagem
principal
Personagem
secundário
Onde
acontece a história
Em
que tempo acontece a história
2
– O que você achou da história?
( )
Péssima.
( )
Excelente.
( )
Ruim.
Justifique
sua resposta.
3
– Escreva a mensagem que você extraiu desse texto.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O
Saci
Gente
da cidade grande, acostumada com a luz elétrica, entregador de pizza,
televisão, poluição, telefone celular, trânsito e computador, não entende nada
de Saci e só vai ver o Saci no dia de São Nunca.
Acontece
que o Saci é filho do mistério, filho do vento que assobia, filho das sombras
que formam figuras no escuro da floresta, filho do medo da assombração. O Saci
é uma dessas coisas que ninguém explica.
Por
exemplo. É muito fácil explicar uma casa. Ela tem tijolos, portas, paredes,
janelas e serve para morar. É muito fácil também explicar um cachorro. É um
animal mamífero, pertence à espécie canina, abana o rabo, às vezes morde, faz
xixi no poste, é amigo das pulgas e serve para latir e tomar conta de casas e
apartamentos.
Agora,
tente explicar o gosto. por que tem gente que gosta de uma coisa e gente que
gosta justo do contrário?
Experimente
explicar a beleza ou explicar um sentimento ou as coincidências que acontecem
ou o gosto ou os sonhos, os acasos ou um pressentimento. Você já teve um
pressentimento? Já sentiu que uma coisa ia acontecer e, no fim, ela aconteceu
mesmo? Pois bem, agora tente explicar!
Às
vezes a gente está calmamente em casa com uma coisa na mão. O
telefone toca. A gente atende. Bate um papo. Quando desliga, cadê a coisa que a
gente estava segurando? Sumiu! A gente não consegue acreditar. A coisa estava
aqui agorinha mesmo! A gente procura em todo o canto, xinga, reclama, arranca
os cabelos, vira a casa de cabeça para baixo e nada. De repente, olha pro
lado... não é possível! A coisa estava ali o tempo todo bem na cara da gente!
Numa
casa de caboclo, quando isso acontece, as pessoas dizem que foi obra do Saci.
Dizem que o Saci tem mania de esconder as coisas e depois fica escondido, dando
risada, enquanto a gente faz papel de bobo.
O
Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um
negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho
enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi
e cocô. Costuma ter três dedos nas mãos, que são furadas,
e, quando quer , solta um assobio misterioso e fica invisível. Além disso, vive
com o joelho machucado e as comandar os mosquitos, pernilongos e pulgas que
vivem atazanando a vida da gente. Tem outra coisa: O malandrinho aprecia fumar
cachimbo e consegue soltar fumaça pelos olhos! quando está de bom
humor, pode ajudar as pessoas a encontrar objetos perdidos. Em compensação,
adora pregar as piores peças nos outros: faz os viajantes errarem
seu caminho, esconde dinheiro e coisas de estimação, faz vasos, pratos e copos
caírem sem motivo e quebrarem, gosta de judiar dos bichos
e é especialista em fazer comida gostosa dar dor de barriga. De vez
em quando, o Saci sai girando em volta de si mesmo, feito um pião
maluco, e gira tanto,tanto tanto que até levanta as folhas secas e a
poeira do chão. Aliás, muitos afirmam que é só por isso que existem os
rodamoinhos.
O
Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê,
Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci Siriri, Saci Trique. Às
vezes é chamado de Matitaperê, Matintapereira ou Sem – Fim, que
na verdade, são nomes de pássaros. É que em certos lugares, dizem, o
danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando
todo mundo de queixo caído.
O
Saci pode ser perigoso. Às vezes chama as criancinhas, canta, dança, inventa
lindas histórias e acaba fazendo as infelizes se perderem na floresta. Pode
também fazer um caçador entrar no mato e nunca mais voltar.
Para
dominar o Saci só tem um jeito: primeiro, pegar uma peneira. Segundo, esperar
um rodamoinho dos fortes. Terceiro, atirar a peneira bem em cima do pé de
vento. Quarto, agarrar o Saci que aparecer preso na peneira. Quinto,
arrancar seu capuz e, sexto prender o espertinho dentro de uma garrafa. Sem
aquele gorro vermelho o Saci fica apavorado, ameaça, geme, choraminga, fala
palavrão, implora e acaba fazendo tudo que a gente
quer.
Pode
até ser bom morar na cidade, mas como seria gostoso, um dia, assim,
de repente, encontrar um Saci de verdade fazendo bagunça, fumando cachimbo,
soltando fumaça pelos olhos, virando passarinho e sumindo no espaço!
(Ricardo
Azevedo. Armazém do folclore. São Paulo, Ática, 2000. p. 18 a 20)
1
– O que o texto trouxe de novidade sobre o Saci que você ainda não sabia?
2
– Quem é o autor do texto?
3
– De onde o texto foi tirado?
4
– Segundo o texto, gente da cidade grande não entende nada de Saci. Você
concorda com isso? Por quê?
5
– O autor diz que o Saci é uma coisa que ninguém explica, que é mais fácil
explicar uma casa ou um cachorro. Por quê?
6
– A quem o autor se refere quando fala em caboclo?
7
– Indique no texto a parte referente às características físicas do Saci.
8
– Quais são os nome que o Saci recebe conforme a região onde aparece?
9
– Na região onde você mora, como o Saci é conhecido?
10
– por que em alguns lugares, ele recebe nome de pássaros?
11
– Indique as frases que mostram o jeito de ser e de agir do Saci.
( )
Tem mania de esconder as coisas.
( )
Gosta de ver as pessoas fazendo papel de bobas.
( )
É mal – humorado.
( )
É brincalhão.
( )
Fuma cachimbo.
( ) Protege
os bichos.
( )
Auxilia os caçadores a se localizarem nas florestas.
( )
Gosta de judiar dos bichos.
( )
Tem bom humor.
( )
Esconde dinheiro e as coisas de estimação.
( )
Faz um caçador entrar na mata e nunca mais voltar.
12
– Em sua opinião, qual foi a intenção do autor ao escrever este texto?
13
– Quanto s parágrafos possui este texto?
14
– Releia o penúltimo parágrafo e desenhe, no caderno, as etapas de
como pegar um Saci.
15
– Você sabia que o Saci ganhou um dia só para ele no nosso calendário? Em dupla
pesquise que dia é esse e porque foi escolhido para homenageá-lo.
16
– Transcreva os substantivos comuns que aparecem no primeiro parágrafo
colocando – os em ordem alfabética.
17
– Encontre, no texto, palavras que não seguem a norma culta da
Língua Portuguesa.
18
- Depois de ter lido o texto sobre o Saci, você deve ter imaginado muitas
traquinagens que ele é capaz de fazer. Você poderá escolher entre
duas opções de proposta de produção:
· Escrever
uma história que você conheça sobro o Saci. Não se esqueça de
colocar detalhes, deixando-a emocionante.
· Inventar
uma história sobre o Saci. Imagine o que poderia acontecer com essa
personagem por perto.
Importante
lembrar:
· Caracterizar
personagens.
· Caracterizar
o lugar onde acontece a história.
· Colocar
elementos para deixar a história mais emocionante.
· Letra
legível.
· Palavras
escritas corretamente.
· Pontuar
adequadamente.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O SOL E A LUA
O
Sol tinha acabado de passar um pouco de curare em suas flechas e
guardava e zarabatana bem à mão, pronto para atirar das árvores,
prestando atenção ao menor movimento das folhas. De repente, ouviu uma
gargalhada que o fez voltar-se. Sem perceber, acabara de passar por um garoto
que estava sentado ao pé de uma árvore com dois magníficos papagaios.
O
Sol se deteve e resolveu descansar um pouco junto deles. Nem viu o tempo
passar, e, quando se deu conta, o dia já estava acabando. Não conseguia
sair de perto dos dois papagaios que tanto o divertiam.
Assim,
propôs ao menino levar os dois papagaios em troca de seu calar de plumas. O
garoto estava muito preocupado com sua aparência, pois acabara de completar dez
anos. Agora já poderia pintar o corpo com urucum e jenipapo. Seus cabelos
acabavam de ser cortados, e, quando crescessem de novo ele teria
direito de prendê-los ou fazer tranças. Seria um rapazinho...
Já
tinha as maçãs do rosto pintadas. Imaginava-se entrando na aldeia
com aquele cocar de plumas. Aceitou com alegria o oferecimento do Sol e lá se
foi, dançando, em direção à aldeia.
O
Sol também estava com pressa, louco para mostrar a seu amigo Lua os
dois papagaios. O amigo ficou maravilhado com a beleza e plumagem
dos pássaros e se divertiu muito com as palavras engraçadas que eles diziam.
assim, resolveu adotar um deles.
Escolheu
o verde de cabeça amarela e o deixou colocar em sua oca, empoleirado num pedaço
de pau que enfiou no chão.
O
Sol também fez um poleiro para seu papagaio e o alimentou com grãos
e sementes de todo tipo.
Na
manhã seguinte, os amigos Lua e Sol foram pescar levaram o arco e a flecha, e
também arpões, para o caso de encontrarem pirarucu, que era o seu peixe
favorito, mas dificílimo de pegar. Ao anoitecer, voltando para casa, estavam
muitos cansados e não tiveram forças para preparar os peixes que
haviam pescado. Deitaram-se nas esteiras e logo dormiram.
Os
papagaios pareciam triste por vê-los assim, e naquela noite ficaram
em silêncio. Nos dias que se seguiram, o Sol e seu companheiro Lua não
conseguiam entender por que os papagaios estavam tão tristes. Quando os pegavam
nas mãos para que se empoleirassem nos dedos, tentando ensiná-los a falar, os
pássaros pareciam não mais se divertir.
Mas
um dia, ao voltarem da caça, tiveram uma dupla surpresa. Primeiro, os papagaios
foram ao encontro deles, falando como nunca. Saltitavam de um ombro para outro,
como se quisessem cantar e dançar. Dentro da oca, uma surpresa ainda
maior os aguardavam: junto ao fogo havia duas grandes vasilhas com
cassaripe fumegente! Quem teria preparado a comida? Eles se
sentaram, comeram todo o delicioso pirão e se deitaram. Mas não conseguiam
dormir. Que mistério! Os papagaios os olhavam com um ar divertido.
Se pudessem falar, será que podiam contar o que havia acontecido?
No
dia seguinte, quando foram caçar, os do0is tinham a cabeça cheia de
perguntas sem respostas. Enquanto isso, na oca, acontecia uma cena estranha.
Os
dois papagaios se transformaram pouco a pouco em duas moças encantadoras, de
cabelos longos, pretos e brilhantes como a noite sob a chuva. Quando a
metamorfose se completou, uma delas se escondeu perto da porta para ver quando
os dois amigos voltavam, enquanto a outra preparava a refeição.
_
Depressa, não temos muito tempo! Hoje eles disseram que chegariam mais cedo.
Temos que acabar antes que voltem. Quando chegam da caça, eles vêm tão
cansados!
E
que surpresa tiveram os dois mais uma vez! Resolveram que, no dia seguinte,
voltariam mais cedo e entrariam escondidos pelos fundos. Dito e feito:
deslumbrados com a beleza das duas moças, apaixonaram-se por elas e
suplicaram que nunca mais se transformassem em papagaios de novo. Fizeram uma
grande festa para celebrar os casamentos. Mas a casa havia ficado pequena
demais para quatro pessoas, e por isso decidiram se revezar para ocupá-la. O
Sol e a mulher escolheram o dia. Lua aceitou a noite. É por isso que nunca
vemos o Sol e a Lua ao mesmo tempo no céu.
KUSS,
Daniele. A Amazônia, mitos e lendas. Tradução Ana Maria Machado. São Paulo:
Ática, 1995. p.12.
1
– Leitura oral por um aluno ou o professor.
2
– Leitura individual silenciosamente.
3
– A partir da leitura da lenda, elabore uma síntese, isto é, um resumo sobre
ela.
Lembre-se
que na síntese, que é a reprodução do texto em poucas palavras, você deverá
conservar as informações essenciais, organizando-as de modo a colocá-las
numa sequêmcia lógica – começo, meio e fim – e encadeando-as através do uso dos
elementos de coesão.
‘para
facilitar o seu trabalho, o9bserve alguns passos:
· Ler
todo o texto para se inteirar do assunto;
· Reler
esse texto, várias vezes, sublinhando frases ou palavras que ajudem a
identificar as idéias principais do texto;
· Separar
as explicações mais detalhadas da parte informativa mais abrangente e geral;
· Observar
as palavras que fazem a ligação entre os diferentes assuntos (de repente,
assim, pois, quando, enquanto, por isso, etc.);
· Resumir
cada parágrafo, pois cada um encerra idéias diferentes;
· Ler
todos os parágrafos resumidos para dar uma estrutura de texto adequada ao
resumo e ao encadeamento do texto.
Na
prática da análise lingüística pode-se trabalhar a escrita de
algumas palavras como por exemplo: de repente.
Completar
o quadro com palavras retiradas do texto:
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A
lenda das borboletas
Isso
aconteceu quando Jesus ainda era menino.
Um dia, ele saiu bem cedo para apanhar água no bosque.
Era primavera e o bosque estava coberto de flores: margaridas do campo, jasmim, madressilvas, miosótis...
Jesus parou para admirar o colorido das flores quando a brisa soprou mais forte. E o sopro da brisa carregou várias florezinhas que, despetaladas, caíram aqui e ali. Algumas bem próximas de Jesus.
Os olhos do menino encheram – se de lágrimas. Ele pensava: daqui a pouco, elas murcham e nunca mais enfeitam o bosque.
Então Ele abaixou – se e, delicadamente, foi erguendo as pétalas e soprando – as de leve para o alto.
Ao sopro mágico, as pétalas foram se transformando em aveludadas e coloridas asas, que saíram a bailar entre as ramagens, beijando as plantas em que haviam nascido.
E foi assim que surgiram as borboletas.
Interpretação:
1- Responda com frases completas:
a) Em que estação do ano se passa a história?
b) Como estava o bosque naquela ocasião?
c) O que fez Jesus quando viu as flores?
Um dia, ele saiu bem cedo para apanhar água no bosque.
Era primavera e o bosque estava coberto de flores: margaridas do campo, jasmim, madressilvas, miosótis...
Jesus parou para admirar o colorido das flores quando a brisa soprou mais forte. E o sopro da brisa carregou várias florezinhas que, despetaladas, caíram aqui e ali. Algumas bem próximas de Jesus.
Os olhos do menino encheram – se de lágrimas. Ele pensava: daqui a pouco, elas murcham e nunca mais enfeitam o bosque.
Então Ele abaixou – se e, delicadamente, foi erguendo as pétalas e soprando – as de leve para o alto.
Ao sopro mágico, as pétalas foram se transformando em aveludadas e coloridas asas, que saíram a bailar entre as ramagens, beijando as plantas em que haviam nascido.
E foi assim que surgiram as borboletas.
Interpretação:
1- Responda com frases completas:
a) Em que estação do ano se passa a história?
b) Como estava o bosque naquela ocasião?
c) O que fez Jesus quando viu as flores?
2
– Numere na ordem dos acontecimentos:
( ) As florezinhas caíram despetaladas.
( ) Jesus parou para admirar as flores.
( ) Jesus transformou as flores em borboletas.
( ) A brisa soprou mais forte.
3 - Complete, esclarecendo por que aconteceram os fatos:
a) Os olhos do menino encheram – se de lágrimas porque...
b) As borboletas surgiram porque ...
4 - Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
( 1 ) lenda ( ) ramos de uma planta
( 2 ) brisa ( ) tradição popular
( 3 ) ramagem ( ) vento fresco
5 – Pesquise e anote o ciclo de vida da borboleta.
( ) As florezinhas caíram despetaladas.
( ) Jesus parou para admirar as flores.
( ) Jesus transformou as flores em borboletas.
( ) A brisa soprou mais forte.
3 - Complete, esclarecendo por que aconteceram os fatos:
a) Os olhos do menino encheram – se de lágrimas porque...
b) As borboletas surgiram porque ...
4 - Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
( 1 ) lenda ( ) ramos de uma planta
( 2 ) brisa ( ) tradição popular
( 3 ) ramagem ( ) vento fresco
5 – Pesquise e anote o ciclo de vida da borboleta.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A
LENDA DO JAPIM
Japim
era um pássaro que vivia no céu cantando para Tupã, o chefe dos deuses.
Um
dia, apareceu uma doença terrível entre os índios. Ninguém sabia o que fazer
para ficar livre desse mal.
Os
índios resolveram pedir ajuda a Tupã.
Tupã
teve então uma idéia: mandar o pássaro Japim para aliviar o sofrimento dos
índios.
Japim
desceu à Terra e cantou. Seu canto maravilhoso distraía os índi8os. A doença
foi desaparecendo e a alegria voltando à tribo.
Os
índios ficaram tão contentes que pediram a Tupã para deixar Japim vivendo para
sempre com eles.
Tupã
atendeu ao pedido e deu o pássaro para a tribo. Mas Japim começou a ficar
orgulhoso. Ele passou a imitar os outros pássaros da floresta e a zombar deles.
Os
pássaros, aborrecidos, foram queixar-se a Tupã.
Tupã
nõ gostou da atitude de Japim e disse-lhe:
-
De hoje em diante, perderás o teu canto maravilhoso e passarás a imitar o canto
das outras aves.
É
por isso que Japim, ao cantar, imita o canto dos pássaros.
Adaptado
do folclore
1
– Leitura compartilhada.
2
– Leitura silenciosa.
3
– Assinalar as frases na ordem que aparecem na história:
( )
Tupã não gostou da atitude do pássaro.
( )
Os índios teveram uma doença terrível.
( )
O canto do Japim fez a doença desaparecer.
( ) O
pássaro ficou muito orgulhoso.
4
– Responda por escrito.
a) Como
os índios resolveram se livrar da doença que os afligiam?
b) Qual
foi a solução encontrada por Tupã?
c) De
que maneira o pássaro0 ajudou os índios?
5
– Copie, lado a lado, as palavras e seus significados. Use o dicionário.
Palavras
|
Significados
|
Imitar
|
|
Atitude
|
|
Zombar
|
|
Maravilhoso
|
|
orgulhoso
|
6
– Escreva as frases, trocando as palavras sublinhadas por seus sinônimos.
a) Os
pássaros ficaram aborrecidos.
b) Japim
veio aliviar o sofrimento dos índios.
c) Seu
canto maravilhoso distraia os índios.
7
_ Complete as expressões utilizando palavras do retângulo.
orgulhoso
– bondoso – corajoso – poderoso –
orgulhosa
– bondosa – poderosa - corajosa
|
a) Quem
tem orgulho é _________________ ou ______________________ .
b) Quem
tem poder é ____________________ ou _____________________ .
c) Quem
tem coragem é ______________________ ou __________________ .
d) Quem
tem bondade é ______________________ ou __________________ .
8
– Transcreva do texto as palavras as palavras que têm s
com som de z.
9
– Complete com s ou z.
____ombar atra___do co___inha surpre
___a bu
___ina
Ca
___inha te
___oura bele
___a Ra
___ura RO
___eira
10
– Faça por escrito o resumo da lenda do Japim. Não esqueça de que,
num resumo, devemos citar apenas os fatos mais importantes, ou seja, as idéias
principais.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dizem
que existia no céu uma estrelinha tão apaixonada pelo Sol que era a primeira a
aparecer de tardinha, antes que ele se escondesse.
E toda vez que o Sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.
A Lua falava com a estrelinha que assim não podia ser. Que a estrela nasceu para brilhar à noite e que não tinha sentido esse amor.
Mas a estrelinha amava cada raio de sol como se fosse a única luz de sua vida. Esquecia até sua própria luzinha.
Um dia ela foi falar com o Rei dos Ventos para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o Sol, sentindo o seu calor eternamente.
O Rei dos Ventos disse que seu sonho era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de ser estrela.
A estrelinha não pensou duas vezes: virou uma estrela cadente e caiu na Terra em forma de semente.
O Rei dos Ventos plantou esta sementinha com muito carinho e regou com as mais lindas chuvas.
A sementinha virou planta. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do Sol no céu.
É por isso que os girassóis até hoje explodem seu amor em lindas pétalas amarelas.
E toda vez que o Sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.
A Lua falava com a estrelinha que assim não podia ser. Que a estrela nasceu para brilhar à noite e que não tinha sentido esse amor.
Mas a estrelinha amava cada raio de sol como se fosse a única luz de sua vida. Esquecia até sua própria luzinha.
Um dia ela foi falar com o Rei dos Ventos para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o Sol, sentindo o seu calor eternamente.
O Rei dos Ventos disse que seu sonho era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de ser estrela.
A estrelinha não pensou duas vezes: virou uma estrela cadente e caiu na Terra em forma de semente.
O Rei dos Ventos plantou esta sementinha com muito carinho e regou com as mais lindas chuvas.
A sementinha virou planta. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do Sol no céu.
É por isso que os girassóis até hoje explodem seu amor em lindas pétalas amarelas.
1 - Depois
da leitura da Lenda do Girassol, interpretá-la através de desenhos e
pinturas.
2
– Transcrever do texto as palavras com dígrafos e destacá-los.
3
– Pesquisar e registrar no caderno a origem e as utilidades do girassol.
4
- Reproduzir vasinhos de girassol, reaproveitando garrafas PET(atividade
sobre reciclagem de lixo). e presentear um (a) amigo (a).
5
- Trabalhar com os alunos:
Sementes
e a Germinação.
Levantamento
de Hipóteses:
O
que é germinação?
O
que é uma semente?
O
que a planta necessita para sobreviver?
6
- Experimentação – Organização em grupos de 4 alunos.
Material
Necessário:
Vasinhos
Terra
vegetal
Sementes
de girassol
É
importante no final da experiência o registros das observações e conclusões.
Presentear
um (a) amigo (a) com um vasinho já com a planta girassol. Junto, um
cartãozinho com dicas de cuidados necessários.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Há muito tempo, vivia à beira de um rio uma tribo de índios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que quer dizer braço forte, era um guerreiro robusto e destemido. Potira, cujo nome quer dizer flor era uma índia jovem e formosa.
Vivia o casal tranqüilo e venturoso, quando rebentou uma guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve de partir para a luta. E foi com profundo pesar que se despediu da esposa querida e acompanhou os outros guerreiros. Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu com os olhos cheios de tristeza, a canoa que conduzia o esposo, até que a mesma desapareceu na curva do rio.
Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse à taba. Todas as tardes; a índia esperava, à n\margem do rio, o regresso do esposo amado. Seu coração sangrava de saudade, mas permanecia serena e confiante, na esperança de que Itagibá voltaria à taba.
Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo jamais regressaria. Ele havia morrido como um herói, lutando contra o inimigo. Ao ter essa notícia, Potira perdeu a calma que mantivera até então e derramou lágrimas copiosas.
Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida, a beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimas puras e brilhantes misturaram-se com as areias brancas do rio.
A dor imensa da índia impressionou Tupã, o rei dos deuses. E este, para perpetuar a lembrança do grande amor de Potira, transformou suas lágrimas em diamantes.
Daí a razão pela qual os diamantes são encontrados entre os cascalhos dos rios e regatos. Seu brilho e pureza recordam as lágrimas de Potira.
Theobaldo
Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo. Ed. Nacional, 1987. P.
140-1.
1
– Faça leitura silenciosa e vá anotando no caderno as palavras que você não
conhece. Depois o professor irá sortear alguém para contar a história para a
classe. Se for você o escolhido, atenção à sequência da história, aos detalhes
importantes, à altura da voz. Caso você não seja o escolhido, é
importante que preste atenção e faça silêncio à recontagem feita pelo
colega.
.
2
– Explique, pesquisando no dicionário, o significado das palavras e expressões
destacadas a seguir.
a) “...guerreiro robusto
e destemido.”
b) “...casal
tranqüilo e venturoso,”
c) “...rebentou uma
guerra...”
d) “...profundo pensar...”
e) “...lágrimas copiosas.”
3
– O texto traz o significado dos nomes das personagens Itagibá e Potira.
Explique o que há em comum entre esses significados e a caracterização feita
das duas personagens.
4
– Como se sentiu Itagibá quando teve que partir para a guerra?
5
– Em sua opinião, por que Potira não derramou lágrimas quando o marido partiu?
6
– Exp0lique, por escrito, por que essa história foi criada.
7
– O que nesse texto poderia fazer parte da realidade e o que não poderia?
8
– O que há de comum 3entre o diamante e as lágrimas de Potira?
9
– é possível saber quando essa história aconteceu? Justifique sua resposta.
10
– Certa vez a professora ditou paras os alunos parte da lenda As
lágimas de Potira. Uma aluna cometeu alguns erros nas
separações de sílabas.indique-os e reescreva as palavras com a separação de
sílaba adequada.
As
lágimas de Potira
A
descoberta das minas de diamantes, no Brasil, deu origem a divers-
as
lendas. Vejamos uma das mais interessantes:
há
muito tempo, vivia à beira de um rio um tribo de ind-
ios.
Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que si –
gnifica
braço forte, era um guerreiro robusto e destimido. Potira, cujo qu-
er
dizer flor, era uma índia jovem e formosa.
11
– Releia a lenda As lágimas de Potira e reescreva-a colocando
como narradora a própria Potira.
Inicie
o seu texto assim:
Há
muito tempo, eu vivia à beira de um rio...
12
– Leitura para a classe da recontagem da lenda feita pelos alunos.
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LENDA
DO UIRAPURU
Um
jovem guerreiro se apaixonou pela esposa do grande cacique.
Como
não podia se aproximar dela, pediu a Tupã que o transformasse num
pássaro.
Tupã
o transformou em um pássaro vermelho, que à noite cantava para sua amada.
É
por isso que o Uirapuru é considerado um amuleto destinado a proporcionar
felicidade nos negócios e no amor.
O
Uirapuru é a ave de canto mais lindo da floresta. Quando ele canta, atrai as
outras aves. Elas ficam silenciosas em volta dele, ouvindo-o cantar. Dizem que
é tão mágico que depois de morto serve de talismã. Não há quem não fique
encantado com o canto do Uirapuru.
Os
índios têm uma história muito bonita sobre como surgiu o Uirapuru. Contam eles
que havia, em determinada tribo, duas moças índias que eram muito amigas.
Estavam sempre juntas. Uma não largava a outra. Não havia nada que afastasse
uma da outra.
Um
dia, as duas acabaram-se apaixonando pelo mesmo índio, que era o novo cacique
da tribo. Como ambas eram muito bonitas, ele não se decidia por nenhuma
delas.
Quando
chegou a época do novo cacique se casar, os mais velhos pediram que ele
resolvesse sobre qual delas seria sua noiva. Sem saber qual escolher, ele
propôs uma prova: aquela que acertasse com uma flecha, em pleno vôo a ave que
ele indicasse seria a sua noiva. Se ambas acertassem, nova prova seria
realizada.
No
dia seguinte, na floresta apenas uma conseguiu acertar a ave e foi a escolhida.
A
outra, chamada Oribici, chorou tanto que suas lágrimas formaram uma
fonte e um córrego. Pediu ela a Tupã que a transformasse num pássaro para
podser visitar o cacique, sem ser percebida. Tupã ficou compadecido. Para que a
moça pudesse ver o casal de que tanto gostava, transformou-a num passarinho de
aparência simples. Imediatamente ela voou para a cabana do cacique. Assim que
chegou, viu o casal tão feliz, mas tão feliz que sentiu ciúme e ficou mais
triste do que nunca.
Para
resolver o problema, Tupã deu à índia-passarinho um canto muito bonito que a
faria esquecer sua tristeza.
-
De agora em diante - disse Tupã - você será o Uirapuru. Seu canto será tão
bonito que a fará esquecer a sua tristeza. Quando os pássaros ouvirem suas
notas maravilhosas, não poderão resistir. Ficarão em silêncio para ouvi-la
cantar.
E
assim foi. Até hoje a moça índia canta quando sente tristeza e toda a passarada
fica em silêncio para ouvir o seu maravilhoso canto mágico.
1
– Assinale a alternativa que indica o assunto do texto.
( )
Apaixão de uma índia.
( )
O uirapuru e seu canto.
( )
Um pássaro da floresta.
2
– Por que o uirapuru é considerado um amuleto?
3
– Para que Oribici quis se transformar num pássaro?
4
– Numere de acordo com a ordem dos acontecimentos.
( )
Casamento do cacique com a índia vencedora.
( )
Descrição do uirapuru.
( )Como
ambas eram muito bonitas, ele não se decidia por nenhuma delas.
( )
Canto para esquecimento das mágoas.
5
– Numa lenda há fatos que são reais e outros que são imaginários. Leia as
frases e escreva FR para fato real e FI para fato imaginário.
( )
O uirapuru é um pássaro brasileiro.
( )
A índia transformou-se num pássaro.
( )
O uirapuru tem um canto melodioso.
( )
O corpo do uirapuru dá sorte.
6
Em seu caderno faça a reprodução da lenda com suas palavras.
Escreva-a seguindo o roteiro:
Descrição
do uirapuru : Que é? Como é? Como o consideram?
A
lenda: Quem são os personagens? O que fizeram? Por que
fizeram? O que resultou para o personagem principal? Qual foi a
consequência de tudo?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Como
a Noite Apareceu
(Lenda
pertencente à série "Lendas Tupis", publicada em O Selvagem,
Nacional, Coleção Brasiliana)
No
princípio não havia noite. Dia, somente havia em todo tempo. A noite estava
adormecida no fundo das águas. Não havia animais; todas as coisas falavam.
A
filha da Cobra-Grande – contam – casara-se com um moço.
Esse
moço tinha três fâmulos fiéis. Um dia, ele chamou os três fâmulos e disse-lhes.
– Ide passear, porque minha mulher não quer dormir comigo.
Os
fâmulos foram-se, e então ele chamou sua mulher para dormir com ele. A filha da
Cobra-Grande respondeu-lhe:
–
Ainda não é noite.
O
moço disse-lhe:
–
Não há noite; somente há dia.
A
moça falou:
–
Meu pai tem noite. Se queres dormir comigo, mande buscá-la, pelo grande rio.
O
moço chamou os três fâmulos; a moça mandou-os à casa de seu pai, para trazerem
um caroço de tucumã.
Os
fâmulos foram, chegaram, à casa da Cobra-Grande. Esta lhes entregou
um coco, tucumã, muito bem fechado e disse-lhes:
–
Aqui está; levai-o. Não o abrais, senão todas as coisas se perderão.
Os
fâmulos foram-se, estavam ouvindo barulho dentro do coco de tucumã. Eram
cri-cri de grilo, coaxos de sapo, hu-hus de corujas, bichos que só
cantam à noite e não eram conhecidos por eles.
Quando
já estavam longe, um dos fâmulos disse a seus companheiros.
–
Vamos ver que barulho será este?
O
piloto disse:
–
Não; do contrário nos perderemos. Vamos embora, eia, remai!
Eles
foram-se e continuaram a ouvir aquele barulho dentro do coco de tucumã, e não
sabiam que barulho era.
Quando
já estavam muito longe, ajuntaram-se no meio da canoa, acenderam fogo,
derreteram o breu que fechava o coco e abriram-no. De repente tudo escureceu
O
piloto então disse:
–
Nós estamos perdidos; e a moça, em sua casa, lá sabe que nós abrimos o coco de
tucumã!
Eles
seguiram viagem.
A
moça, em sua casa, disse então a seu marido:
–
Eles soltaram a noite; vamos esperar a manhã.
Então
todas as coisas estavam espalhadas pelo bosque se transformaram em animais e
pássaros.
As
coisas que estavam espalhadas pelo rio se transformaram em patos e em peixes.
Do
paneiro gerou-se a onça; o pescador e sua canoa se transformaram em pato:
da cabeça do pescador, nasceram a cabeça e o bico do pato; da canoa,
o corpo do pato; do remo, as pernas do pato.
A
filha da Cobra-Grande, quando viu a estrela d'alva, disse a seu marido:
–
A madrugada vem rompendo. Vou dividir o dia da noite.
Então
ela enrolou um fio, e disse-lhe:
–
Tu serás cujubin. Assim ela fez o cujubin: pintou a cabeça do cujubin de
branco, com tabatinga; pintou-lhe as pernas de vermelho com urucu e, então,
disse-lhe.
–
Cantarás para todo sempre quando a manhã vier raiando.
Ela
enrolou o fio, sacudiu cinza em riba dele, e disse:
–
Tu serás inhambu, para cantar nos diversos tempos da noite e de madrugada.
De
então para cá todos os pássaros cantaram em seus tempos, e de madrugada, para
alegrar o princípio do dia.
Quando
os três fâmulos chegaram, o moço disse-lhes:
–
Não fostes fiéis – abristes o caroço de tucumã, soltastes a noite e todas as
coisas se perderam, e vós também, que vos metamorfoseastes em macacos de boca
preta, devido a fumaça, e risca amarela, pela cera derretida,
e andareis para todo sempre pelos galhos dos paus.
E
assim, a filha da serpente pode finalmente se deitar e todos os seres puderam
dormir.
1
– A serpente entregou tucumã aos três fâmulos. O que era o tucumã?
2
– que conselho foi dado aos três índios que foram buscar a noite?
3
– Por que os fâmulos desobedeceram às ordens da serpente?
4
– Um dos índios convenceu os companheiro a abrir o coco de tucumã. Imagine e
escreva o que ele fez ou falou para levá-los a tomara essa atitude.
5
– Quando a noite escapou, a filha da serpente deparou-se com um grande
problema. Que problema era esse?
6
– De que forma a filha da serpente conseguiu resolver o problema?
7
– Os fâmulos desobedientes sofreram um castigo. O que aconteceu com eles?
8
– Se você fosse a filha da serpente como agiria com os desobedientes?
9
– Nesse texto existem algumas informações reais. Quais são elas?
10
– Releia este trecho:
“No
princípio não havia noite. Dia, somente havia em todo tempo. A noite estava
adormecida no fundo das águas. Não havia animais; todas as coisas falavam.”
a) Copie
todos os verbos desse trecho.
b) Esses
verbos indicam presente, passado ou futuro?
c) Copie
o trecho conjugando os verbos no futuro.
d) Copie
o trecho novamente, conjugando os verbos no presente.
11
– Reproduza a história através da ilustração.
12
- Produza um texto como seria a vida se existisse só o
dia ou só a noite.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A
lenda do Lobisomem
Um
lobisomem é metade lobo e metade gente. É o primeiro de uma família de sete
filhos. Normalmente é magro e amarelo. Nas noites de lua cheia, de preferência
nas sextas-feiras, transforma-se em lobisomem e ataca toda a gente ou bicho em
busca de sangue. Antes do amanhecer, procura sempre um cemitério, onde se
transforma de novo em homem.
Num
povoado à beira do rio, vivia uma família de sete filhos. O mais novo era
fraquinho e amarelado, com aquela cor de lobisomem.
Toda
a gente dizia que ele era um. O pobre moço fingia não ouvir aquela fofoquice.
Afinal, mesmo que fosse um, não tinha culpa. A natureza tinha-o feito assim.
Um
dia, pescando no rio, viu uma bela moça lavando roupa. Não deu muita
importância, pois achava que não tinha muitas hipóteses com as mulheres.
De
repente, uma trouxa de roupa da moça caiu na água. O rapaz, todo heróico
atirou-se e salvou a trouxa da correnteza. Ela, agradecida, pediu que ele fosse
até sua casa, onde a mãe lhe daria roupas secas e um chá quente para não se
constipar. O moço acabou aceitando o convite. Acabaram se apaixonando e
começaram a namorar. Os rumores na cidade aumentaram e todas as pessoas
perguntavam para a menina se ela tinha a certeza que o namorado não era um
lobisomem. Ela começou a ficar desconfiada, mas gostava tanto dele que não
podia nem queria a acreditar.
Um
dia, sexta-feira à meia-noite, a mocinha sentou-se no jardim de sua casa,
apreciando a lua cheia. O namorado tinha ido para casa cedo, com a desculpa de
uma dor de cabeça. Estava lá, sonhando com o seu amado, quando um bicho
horroroso, que mais parecia um cão enorme, pulou na sua frente. A coisa
horrorosa atacou a moça, mordendo o seu braço. A moça gritava como louca e
conseguiu fugir para casa não tendo dormido nada naquela noite onde quase
morreu de susto.
No
dia seguinte, bem cedo, foi ver o namorado e contar a história, aos prantos. O
rapaz sorriu, achando tudo palermice. No entanto, este entre os seus dentes
tinha um fio vermelho do tecido da blusa da sua amada. Esta apavorada, viu que
o seu namorado era mesmo um lobisomem. Não teve medo naquele momento, porque
não era noite e já era Sábado. Decidiu que, por amor, salvaria o seu querido da
maldição. Perguntou a toda a gente o que fazer. Ninguém sabia. Ouviu falar de
um homem que morava na mata, bem longe da cidade, e que poderia ajudá-la. Um
velhinho negro com cabelos brancos era a sua última esperança. Este disse para
ela não se preocupar e que se tivesse amor pelo rapaz e coragem para ir sozinha
a um cemitério de noite e tudo estaria resolvido.
Para
isso precisava espetar um espinho de laranjeira que tivesse sido plantada à
meia-noite de uma sexta-feira com lua cheia. Para sorte da moça, o preto velho
tinha o hábito de plantar laranjeiras à meia-noite de sextas-feiras de lua
cheia. Era meio caminho andado.
A
moça foi confiante para o cemitério. Tremia de medo enquanto um vulto apareceu
atrás de um túmulo, era ele. Quando se ia transformar, zum, ela pulou em cima
do bicho fincando o espinho nas suas costas. O monstro peludo deu um grito
horripilante e transformou-se no namorado da moça. Estava salvo do
encantamento. Casaram e,
graças a Deus, tiveram só cinco filhos, todos fortes e bem corados. Existem
pessoas que não acreditam, mas se forem à meia-noite numa sexta-feira ao
cemitério quem sabe se não serão confrontadas com um lobisomem?
1
– O que você achou dessa história?
2
– Você acredita em, lobisomem?
3
– Que características tem esse ser fantástico para receber o nome de lobisomem?
4
– De acordo com o texto como o lobisomem é antes de se transformar? E depois da
transformação?
5
– Segundo o texto o que a moça teria que fazer para quebrar o encanto do
lobisomem para sempre e o moço voltar à
forma normal?
6
- Em que condições você acha que um ser humano pode se transformar em
lobisomem?
7
– Como você acha que as pessoas podem se defender do lobisomem?
8
–Você acredita que essa história é verídica? Indique algum trecho no
texto que mostre que você tem razão.
9
– Escreva uma mensagem para o autor dessa versão da lenda
elogiando-o pela criatividade ou dando uma sugestão para deixar a história mais
assustadora.
10
- Escolha uma versão desse lenda que você conhece ou se lembre de
ter lido em algum livro e reconte-a. Siga as etapas
abaixo:
Nome
da
história: _________________________________
Introdução: conte
algo sobre os personagens ou o local onde se passa a história que
você vai narrar resumidamente.
Início da história: conte
o que acontece no começo da história.
Desenvolvimento: continue
a história, preparando-a para o conflito que vai acontecer.
Conflito
principal: relate o fato mais importante da história.
Final: agora
narre o desfecho da história.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O
CACHORRO E A PULGA
Liliana & Michele Iacocca
Era uma
noite de lua cheia, e o cachorro decidiu fazer um passeio pela cidade.
Na
cidade tinha festa.
Tinha
roda – gigante, montanha – russa, carrosséis, barracas de pipoca, de doces, de
bebidas, muita música e um grande baile
“Quero
ficar bonito!”, pensou o cachorro e começou a se aprontar para sair.
Balançou
o rabo, para o pêlo ficar fofinho, levantou as orelhas, para parecer mais
vistoso, e encolheu a barriga, para ficar elegante.
Uma
pulga, que estava ali perto, sem fazer nada, viu o cachorro se aprontando e
logo adivinhou que ele ia para uma festa.
“Oba!
Arranjei um programa,” pensou a pulga e imediatamente pulou em cima do
cachorro.
Quando
o cachorro percebeu, ficou furioso.
-
Sai de mim! – ele gritou. – Aonde você pensa que vai?
-
Eu também quero ir à festa.-falou a pulga.-Não custa nada você me levar.
-
Já imaginou eu chegar pulguento a uma festa?-disse o cachorro. E começou a se
sacudir, a se cutucar com a pata. Até mordiscou os pêlos para se livrar da pulga.
Mas
a pulga, que não queria ficar sem programa de jeito nenhum, foi
escapando, se escondendo, até que o cachorro cansou de procurar, também porque
estava ficando tarde. E resolveu sair assim mesmo.
Trecho
do livro O cachorro e a pulga. Editora Ática, Coleção
Labirinto.
1
– Leia o texto atentamente e destaque as palavras desconhecida. Em seguida
pesquise no dicionário os significados.
2
– Escreva no caderno.
a) O título
do texto.
b) O
nome dos autores.
c) O
número de parágrafos.
d) O
nome das personagens.
3
– Escreva as informações, marcando-as com os códigos das personagens:
C cachorro P pulga
( )
Aprontou-se para ir à cidade.
( )
Escolheu a barriga para ficar elegante.
( )
Adivinhou que ele ia para uma festa.
( )
Não queria ficar sem programa de jeito nenhum.
( )
Até mordiscou os pêlos.
( )
Foi escapando e se escondendo.
4
– Pinte em azul as falas do cachorro e em vermelho as falas da pulga.
5
– O que cada personagem pensou? Escreva no caderno de acordo com o
texto.
6
– Escreva no caderno um final para a história O cachorro e a pulga.
Mas
a pulga, que não queria ficar sem programa de jeito nenhum, foi escapando, se
escondendo, até que o cachorro cansou de procurar, também porque estava ficando
tarde. E resolveu sair assim mesmo.
Chegando
à cidade, o cachorro ...
7
– Compare o final que você escreveu com o final
dado pelas autoras. Como foi o passeio do cachorro à cidade? E a
pulga? Na sua opinião, que
final da história está mais criativo, o seu ou o das autoras?
Justifique sua resposta.
8
– Pesquisar e registrar no caderno informações sobre a
pulga.
· Dados
biológico (tamanho, postura, reprodução, alimentação).
· Prevenção.
· Doenças
transmitidas e patogenos veiculados.
· Outras
informações consideradas importantes.
9
– Socializar os dados da pesquisa.
10
– Em grupo, montar um cartaz com os dados da pesquisa.
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